A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para investigar a divulgação de algumas vagas de emprego destinadas à cuidadora de idosos, de uma empresa , no início de novembro. O caso foi parar na polícia após a cuidadora de idosos, Eliangela Carlos Lopes, 41, recebeu uma mensagem via WhatsApp, com as exigências para a vaga de emprego. "Únicas exigências: Não podem ser negras, gordas e precisam de pelo menos três meses de experiência", dizia a mensagem.
De acordo com Eliangela, a psicóloga Fernanda Spadinger, que atua na empresa Leveza do Afeto, também em Belo Horizonte, repassou a mensagem por meio de uma linha de transmissão do WhatsApp. Após um diálogo, a cuidadora de idosos afirmou para a psicóloga que aquela mensagem incitava o racismo e o preconceito. Minutos depois da conversa, a psicóloga teria percebido o erro e se desculpado no grupo.
No mesmo dia, Eliangela procurou a delegacia de sua cidade, Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte e registrou queixa. Por meio de nota, a empresa responsável pela vaga afirmou que não existe qualquer requisito para contratação de seus funcionários ou prestadores de serviço, exceto "a avaliação quanto a aptidão técnica, qualificação e experiência profissional dos candidatos a vagas porventura existentes" e que a mensagem discriminatória foi divulgada por uma psicóloga sem vínculo empregatício com a empresa, não sendo autorizada a emitir qualquer juízo de valor em nome desta.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que está apurando a denúncia. "A princípio, a linha de investigação aponta para o crime de racismo, uma vez que, conforme versão apresentada no registro de ocorrência, fere um número indeterminado de pessoas", disse. A polícia afirmou, ainda, que "levantamentos já estão sendo feitos para o esclarecimento completo dos fatos"*
*Com informações da Uol
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