O segundo "Congresso Internacional de Educação Parental" aconteceu em São Paulo e reuniu diversos palestrantes brasileiros e de fora do país.
Foram debatidos diversos assuntos dentro da educação, entre estes, o uso da tecnologia. Assunto que apareceu em diversos painéis, mas também teve uma palestra especialmente sobre ele, ministrada pelo psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Ambulatório dos Transtornos do Impulso (AMITI) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Ele chamou a atenção para o uso de telas em excesso, algo que aconteceu especialmente na pandemia. “As crianças de hoje fazem parte da geração digital, estão expostas à tecnologia desde o nascimento. Elas digitam rápido, acessam várias plataformas ao mesmo tempo e dificilmente se desconectam. O que é muito grave, se lembrarmos que até os 25 anos, o jovem não tem controle da impulsividade, ele é muito mais propenso a fazer coisas que não gostaria”, disse.
Ele citou diversas pesquisas com dados preocupantes, como uma da revista americana "Sleep", feita com crianças de até 8 anos, que revelou que 50% delas acordam pelo menos uma vez à noite para olhar as redes sociais. O psicólogo também relatou casos que atende no ambulatório de pais desesperados com os filhos que não saem das telas. Mas o que fazer, então? Para ele, a resposta está no vínculo e na conexão que os pais devem desenvolver com os filhos. “Quanto mais parentalidade, menor é o risco do filho se engajar num uso problemático ou até descontrolado da internet”, concluiu.
Fonte: Revista Crescer/ The Week
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